SEGUNDA DE LEI - Decreto 6.583/08 - o Acordo Ortográfico
TUDO É PORTUGUÊS
Um pouco de história
A Língua Portuguesa é uma das chamadas Língua Latinas que são
originárias do Latim, língua falada na região do Lácio, atual Roma.
A Língua Portuguesa foi a última dessas línguas a surgir,
por volta dos séculos XI e XII (daí, Olavo Bilac chamá-la de “a última flor do
Lácio”), onde hoje é Portugal, e se espalhou pelo mundo durante as grandes
navegações dos séculos XV e XVI.
Hoje a Língua Portuguesa é o idioma oficial de 08 países.
- Portugal
- Brasil
- Angola
- Moçambique
- Guiné-Bissau
- Cabo Verde
- São Tomé e Príncipe
- Timor Leste
Também se fala português em 04 comunidades: Macau (China),
Goa (Índia), Zanzibar (Tanzânia) e Málaca (Malásia). Porém, nessas comunidades,
não é idioma oficial.
Para saber mais sobre idioma oficial veja: https://bloggarparasaberdireito.blogspot.com/2020/05/10022020-data-original-da-publicacao.html
O Acordo
O termo ACORDO refere-se a um negócio jurídico em que é
ajustado vontades de todas as partes. No caso específico do Acordo Ortográfico,
este se deu pela vontade dos 08 países cuja língua oficial é a Portuguesa.
O acordo foi assinado em 1990, porém o Decreto em que coloca
tal acordo em vigor só foi promulgado em 2008. Tal lapso temporal se deve
principalmente por questões e controvérsias políticas.
Como visto no tópico anterior, o idioma português é
originário de Portugal e se disseminou a partir da colonização portuguesa.
Contudo, hoje a variante mais assimilada (devido ao número
de falantes) é a do Brasil! Óbvio que Portugal não se sente à vontade com isso!
Dessa forma, para estreitar a reciprocidade com nossa antiga
metrópole e demais países colonizados pelos portugueses, algumas medidas
políticas foram acordadas e uma delas diz respeito ao idioma: uma tentativa de
uniformização, com intenções de internacionalização (assim como ocorre com o inglês).
Uma proposta interessante que poderia fortalecer principalmente Portugal e
Brasil na política internacional.
O Decreto 6.583/08
A promulgação do decreto serve para ratificar a obrigatoriedade
do país a aderir, inclusive sendo objeto de componente curricular escolar. Define
início da vigência e delimita o período de transição.
A realidade do Decreto hoje é que na prática ainda não
vingou. A situação é a seguinte: nem todos os países que assinaram o acordo
aderiram oficialmente (em janeiro de 2019, somente Brasil, Portugal e Cabo
Verde haviam aderido). No Brasil, apesar do Decreto, ainda não houve adesão da
maior parte da população. E o mais difícil, superar as diferenças culturais
entre tais países, que são muito maiores que as diferenças geográficas!
O motivo para ele não vingar, segundo alguns professores e
linguistas, é por ser algo considerado ditatorial. Afinal, a riqueza da
diferença idiomática se dá justamente pela riqueza da diferença cultural!
Apesar do idioma ser bastante suscetível a mudanças, essas
ocorrem por um processo natural. Logo, impor um acordo pode até gerar adesão,
mas somente a algumas gerações futuras. Não é possível exigir tal façanha num
curto espaço de tempo!
O que mudou com o acordo
O acordo traz uma linguagem de difícil compreensão a maior
parte da população, além de um número que informações que não atinge nossa forma
de usar o idioma na prática. Por conta disso, muitos professores e linguistas
procuraram elaborar resumos com as principais mudanças para os brasileiros.
Para nós, brasileiros, o que mudou na prática foi, resumidamente:
1)
Inserção das letras K W e Y ao nosso alfabeto (a
ser usadas em casos especiais)
2)
O sinal do trema (¨) não faz parte mais do nosso
idioma, só aparecem em palavras estrangeiras
3)
O acento diferencial em palavras homônimas desaparece,
salvo quando for para diferenciar tempos verbais.
4)
O acento circunflexo (^) desaparece nas palavras
terminadas em “eem” e “oo”
5)
Paroxítonas com os ditongos abertos “ei” e
“oi” também perdem o acento
6)
I e U tônicos após ditongos perdem
o acento
7)
Além de algumas regras para o uso do hífen
Para melhor ilustrar essas mudanças, seguem alguns quadros
resumitivos.
CONCLUSÃO
A adesão a tal acordo é complexa. Temos ainda pessoas que
não aderiram por completo a reforma ortográfica de 1971 (sim, a geração que se
alfabetizou antes dessa reforma e não se atualizou, continua escrevendo “flôr”
no lugar de “flor”). Além dos órgãos oficiais o executem (como utilizando em
documentos oficiais, correção de redações em concursos públicos...), é preciso
fazer com que principalmente que os professores da Educação Básica assimilem
para utilizá-la e passarem a seus alunos. O que não é tão simples, pois o
aprendizado anterior já está internalizado de tal forma, que no dia a dia esses
professores agem comumente em atos falhos! Eu mesma, professora de Língua
Portuguesa, tenho ainda muitas dificuldades, tendo que constantemente recorrer
a consulta, principalmente no uso do hífen! Afinal, me alfabetizei, cursei toda
a Educação Básica e minha Graduação em Letras antes do decreto oficializar tal
acordo.
A regra antiga está assimilada! Desaprender é mais difícil
que aprender!
PORTANTO, ESSES SEGUNDA DE LEI DE HOJE NÃO É APENAS PARA COMPARTILHAR
CONHECIMENTO! É ACIMA DE TUDO COMPARTILHAR DESCONHECIMENTO E APRENDIZADO!
ESTAMOS APRENDENDO JUNTOS!!!
FONTES:
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