SEGUNDA DE LEI - Decreto 6.583/08 - o Acordo Ortográfico


TUDO É PORTUGUÊS

Um pouco de história

A Língua Portuguesa é uma das chamadas Língua Latinas que são originárias do Latim, língua falada na região do Lácio, atual Roma.

A Língua Portuguesa foi a última dessas línguas a surgir, por volta dos séculos XI e XII (daí, Olavo Bilac chamá-la de “a última flor do Lácio”), onde hoje é Portugal, e se espalhou pelo mundo durante as grandes navegações dos séculos XV e XVI.

Hoje a Língua Portuguesa é o idioma oficial de 08 países.
  •       Portugal
  •       Brasil
  •       Angola
  •       Moçambique
  •       Guiné-Bissau
  •       Cabo Verde
  •       São Tomé e Príncipe
  •       Timor Leste

Também se fala português em 04 comunidades: Macau (China), Goa (Índia), Zanzibar (Tanzânia) e Málaca (Malásia). Porém, nessas comunidades, não é idioma oficial.



O Acordo

O termo ACORDO refere-se a um negócio jurídico em que é ajustado vontades de todas as partes. No caso específico do Acordo Ortográfico, este se deu pela vontade dos 08 países cuja língua oficial é a Portuguesa.
O acordo foi assinado em 1990, porém o Decreto em que coloca tal acordo em vigor só foi promulgado em 2008. Tal lapso temporal se deve principalmente por questões e controvérsias políticas.
Como visto no tópico anterior, o idioma português é originário de Portugal e se disseminou a partir da colonização portuguesa.
Contudo, hoje a variante mais assimilada (devido ao número de falantes) é a do Brasil! Óbvio que Portugal não se sente à vontade com isso!
Dessa forma, para estreitar a reciprocidade com nossa antiga metrópole e demais países colonizados pelos portugueses, algumas medidas políticas foram acordadas e uma delas diz respeito ao idioma: uma tentativa de uniformização, com intenções de internacionalização (assim como ocorre com o inglês). Uma proposta interessante que poderia fortalecer principalmente Portugal e Brasil na política internacional.

O Decreto 6.583/08

A promulgação do decreto serve para ratificar a obrigatoriedade do país a aderir, inclusive sendo objeto de componente curricular escolar. Define início da vigência e delimita o período de transição.
A realidade do Decreto hoje é que na prática ainda não vingou. A situação é a seguinte: nem todos os países que assinaram o acordo aderiram oficialmente (em janeiro de 2019, somente Brasil, Portugal e Cabo Verde haviam aderido). No Brasil, apesar do Decreto, ainda não houve adesão da maior parte da população. E o mais difícil, superar as diferenças culturais entre tais países, que são muito maiores que as diferenças geográficas!
O motivo para ele não vingar, segundo alguns professores e linguistas, é por ser algo considerado ditatorial. Afinal, a riqueza da diferença idiomática se dá justamente pela riqueza da diferença cultural!
Apesar do idioma ser bastante suscetível a mudanças, essas ocorrem por um processo natural. Logo, impor um acordo pode até gerar adesão, mas somente a algumas gerações futuras. Não é possível exigir tal façanha num curto espaço de tempo!

O que mudou com o acordo

O acordo traz uma linguagem de difícil compreensão a maior parte da população, além de um número que informações que não atinge nossa forma de usar o idioma na prática. Por conta disso, muitos professores e linguistas procuraram elaborar resumos com as principais mudanças para os brasileiros.

Para nós, brasileiros, o que mudou na prática foi, resumidamente:
1)      Inserção das letras K W e Y ao nosso alfabeto (a ser usadas em casos especiais)
2)      O sinal do trema (¨) não faz parte mais do nosso idioma, só aparecem em palavras estrangeiras
3)      O acento diferencial em palavras homônimas desaparece, salvo quando for para diferenciar tempos verbais.
4)      O acento circunflexo (^) desaparece nas palavras terminadas em “eem” e “oo”
5)      Paroxítonas com os ditongos abertos “ei” e “oi” também perdem o acento
6)      I e U tônicos após ditongos perdem o acento
7)      Além de algumas regras para o uso do hífen

Para melhor ilustrar essas mudanças, seguem alguns quadros resumitivos.






CONCLUSÃO

A adesão a tal acordo é complexa. Temos ainda pessoas que não aderiram por completo a reforma ortográfica de 1971 (sim, a geração que se alfabetizou antes dessa reforma e não se atualizou, continua escrevendo “flôr” no lugar de “flor”). Além dos órgãos oficiais o executem (como utilizando em documentos oficiais, correção de redações em concursos públicos...), é preciso fazer com que principalmente que os professores da Educação Básica assimilem para utilizá-la e passarem a seus alunos. O que não é tão simples, pois o aprendizado anterior já está internalizado de tal forma, que no dia a dia esses professores agem comumente em atos falhos! Eu mesma, professora de Língua Portuguesa, tenho ainda muitas dificuldades, tendo que constantemente recorrer a consulta, principalmente no uso do hífen! Afinal, me alfabetizei, cursei toda a Educação Básica e minha Graduação em Letras antes do decreto oficializar tal acordo.

A regra antiga está assimilada! Desaprender é mais difícil que aprender!

PORTANTO, ESSES SEGUNDA DE LEI DE HOJE NÃO É APENAS PARA COMPARTILHAR CONHECIMENTO! É ACIMA DE TUDO COMPARTILHAR DESCONHECIMENTO E APRENDIZADO! ESTAMOS APRENDENDO JUNTOS!!!

FONTES:

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