Difícil escolha: advogada ou professora de literatura?

Será que preciso mesmo escolher?



Desde criança escutamos a clássica pergunta: "O que você quer ser quando crescer?". As crianças sempre têm respostas na ponta da língua: médica, bailarina, astronauta... Às vezes uma mesma criança diz que quer ser um monte de coisa ao mesmo tempo, e os adultos riem, achando graça.

Na adolescência, a mesma pregunta vem. Mas já com uma forma mais indimidadora. Sempre acompanhada de uma continuação: "Você já tem que pensar que carreira quer seguir... onde estudar, em que vai trabalhar..."
Chegado o último ano do Ensino Médio, bate aquele desespero! Vestibular, ENEM... "Vou fazer que curso? Qual Faculdade? Não sei se quero Medicina ou Arquitetura? Direito ou Literatura?"

Tem gente que realmente nasceu para uma determinada coisa: desde muito nova repete sempre que vai ser aquilo! Mas nem todo mundo!

Eu fui uma dessas crianças e adolescentes que mudavam toda hora o que queria como profissão: de professora a modelo, de atriz a psicóloga, passando por geneticista e administradora de empresa... Já adulta não foi muito diferente: fui atendente em secretaria de curso de inglês e telemarketing de jornal; fiz curso técnico em Propaganda e Marketing e Faculdade de Letras; prestei concurso para o TRE e não passei; prestei concurso para auxiliar de biblioteca de escola pública, passei, trabalhei e pedi exoneração; dei aula de inglês para crianças em escola e para adolescentes e adultos em cursos de inglês; desisti de dar aulas; trabalhei em alguns setores de uma agência de viagens (Osama Bin Laden me fez perder o emprego); voltei a dar aulas de inglês e português; prestei novamente concurso público para lecionar em escola pública, passei e trabalhei, desisti novamente e licenciei; fiz faculdade de Direito para prestar concurso público para Tribunais e Ministérios Públicos; no nono período desisti dos concursos, fiz a prova da OAB e decidi que queria ser advogada e voltar a lecionar, mas dessa vez para cursos superior; fiz especialização em Docência do Ensino Superior e estou fazendo especialização em Advocacia Empresarial, complementando com alguns cursos de capacitação em Propriedade Intelectual...

Cansou só de ler? Mas espero que tenha reparado que terminei o parágrafo anterior com reticências! Afinal, não tenho intenção nenhuma de parar!
O motivo não é porque não sei o que fazer, mas é porque quero fazer muitas coisas!

Resolvi escrever isso inspirada numa conversa que tive com colegas num Café Jurídico com advogados empreendedores, e num vídeo que recebi ("Por que alguns não têm uma vocação específica?).

Segue o link:    https://www.ted.com/talks/emilie_wapnick_why_some_of_us_don_t_have_one_true_calling?utm_source=tedcomshare&utm_medium=email&utm_campaign=tedspread


Bem, só para fechar, eu hoje sou advogada atuante e professora da rede pública (com duas matrículas), e estou buscando empreender de uma forma que junta as duas áreas. De acordo com o vídeo, isso se chama: MULTIPOTENCIALIDADE. Vocês podem achar loucura dar conta de tudo, mas devolvo para vocês.

POR QUE NÃO OS DOIS?





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